Apesar do intenso ativismo e de algumas conquistas de ordem jurídica, o panorama atual é adverso à população LGBTQIA+, principalmente pela ascensão da extrema direita e do neoconservadorismo no Brasil e no mundo. Mas por que o corpo trans incomoda tanto os conservadores? O que fazer diante de tanta rejeição expressa muitas vezes em violência? No próximo 18 de outubro, o projeto Sábado Feminista, parceria entre a Academia Mineira de Letras e o movimento Quem Ama Não Mata, promove o debate “Transexualidades e travestilidades: despatologizar o olhar é preciso”. O encontro começa às 10h (portões abertos a partir das 9h30), na sede da AML (Rua da Bahia, 1466), com entrada gratuita e aberta ao público.
Vereadora Juhlia Santos (PSOL) Foto:divulgação
Prof. Marco Prado - diretor do NUH-YFMG -
Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGTB
Foto: divulgação
O evento conta com a participação da vereadora e pesquisadora, Juhlia Santos, e do professor Marco Aurélio Máximo Prado, do Departamento de Psicologia da UFMG e coordenador do Nuh – Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT+. A conversa abordará os desafios enfrentados pela população trans e travesti diante do avanço do conservadorismo, mas também destacará conquistas, possibilidades de alianças políticas e o papel do transfeminismo na ampliação da luta feminista.
O projeto Sábados Feministas é uma iniciativa da AML em parceria com o movimento Quem Ama Não Mata e acontece no âmbito do “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 248139)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e setecentos médicos cooperados e colaboradores. O evento tem apoio do Esquina Santê.
SERVIÇO Sábados
Feministas Transexualidades/Travestilidades:
despatologizar o olhar é preciso com
Juhlia Santos e Marco Prado Data:
18/10,
sábado, às 10h – Portões abertos às 09h30 Local:
Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia 1466 - Lourdes) Entrada
gratuita.
O EMEF é o maior evento de empreendedorismo feminino de Contagem, consolidado como um espaço de aprendizado, conexões e fortalecimento da presença feminina nos negócios.
Público estimado: mais de 300 mulheres empresárias e empreendedoras da cidade e região.
Evento único em Contagem, com duas palestrantes de grande relevância nacional e regional.
Expectativa de reunir um público altamente qualificado: empresárias, empreendedoras, gestoras e formadores de opinião. Teremos patrocinadores e apoiadores que acreditam no protagonismo da mulher no desenvolvimento econômico.
Programação
Palestra com Bella Falconi – referência nacional em saúde, bem-estar e motivação, com milhões de seguidores e impacto transformador em sua trajetória.
Palestra com Conceição Lacerda – Professora, empresária e líder reconhecida em sua área, trazendo reflexões sobre gestão, superação e futuro do empreendedorismo.
Espaço de Networking & Negócios – com estandes de empresas patrocinadoras e apoiadoras.
Coquetel de encerramento – momento de integração, troca de experiências e fortalecimento de conexões.
Durante
o mês de outubro, às segundas-feiras à tarde, vai acontecer (no
formato online), um interessante curso ministrado pela jornalista e
escritora Viviane Possato.
Objetos
que guardam lembranças, receitas de família que reavivam emoções,
momentos que resgatam histórias. Esses são alguns dos fios
condutores do Curso
de Escrita de Memórias,
que convida mulheres a um processo de reencontro com a própria
história.
Voltado
especialmente para mulheres com mais de 60 anos, o curso combina
técnicas de escrita criativa e poesia em encontros que também
privilegiam a troca de experiências entre participantes. A proposta
é que cada aluna construa um repertório de textos que poderá se
transformar em livro, diário ou registro para familiares e amigos.
“A
escrita de memórias é uma forma de afirmar o valor das vivências
de cada mulher, dar forma a experiências muitas vezes silenciadas e
criar um legado que atravessa gerações. Mais do que literatura, é
um exercício de autoconhecimento e pertencimento”, afirma Viviane
Possato, idealizadora do curso.
O
lançamento ocorre em um momento em que o debate sobre envelhecimento
ativo e protagonismo da mulher madura ganha força. Nesse contexto, a
escrita surge como prática cultural e terapêutica, capaz de unir
saúde emocional, reflexão crítica e valorização da memória
individual e coletiva.
O
curso on-line já está com inscrições abertas e terá vagas
limitadas, garantindo um ambiente de proximidade e escuta.
Os
encontros virtuais começam em outubro e serão sempre às
segundas-feiras, entre 15h e 17h.
Quem pensou que a festa acabou, se enganou. - Vamos curtir agora as imagens do evento e as emoções gravadas durante o Quarto Encontro dos Globais de Todos os Tempos, que distribuiu até canetinhas personalizadas, criadas, produzidas e patrocinadas pelo próprio grupo. É o início do lançamento da marca, para eventos futuros. E o próximo já está no horizonte: o lançamento do livro com histórias do dia a dia, dos bastidores dos profissionais globais de todos os tempos.
Espetáculo reunirá 50 dançarinas, de 53 a 78 anos, alunas de projeto Reabilitação e Ballet, de promoção à saúde e combate ao etarismo
Cinquenta bailarinas, a mais nova delas com 53 anos de idade e a mais velha, com 78, vão subir ao palco do Teatro Feluma, em Belo Horizonte, no dia 28 de junho, para apresentar o espetáculo “Ecos femininos: Um tributo às suas pluralidades”. As dançarinas integram o projeto Reabilitação e Ballet, criado pela fisioterapeuta e bailarina Meiry de Paula, que busca levar saúde física e emocional às mulheres 50+ por meio da dança, além de ajudar no combate ao etarismo. As mulheres irão encenar 17 coreografias inéditas de samba, forró, jazz e dança contemporânea, ao som de vozes femininas que marcaram gerações, entre elas Elza Soares, Rita Lee, Elis Regina e Vanusa.
O espetáculo pode ser visto em duas sessões, uma às 15 horas e outra, às 19. A entrada para cada sessão custa R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Os ingressos podem ser adquiridos no Instagram na página @reabilitacaoeballet ou na plataforma Sympla. Este é o quarto espetáculo do projeto Reabilitação e Ballet, que começou em 2018, depois de Meiry de Paula trabalhar como fisioterapeuta em uma clínica de ortopedia em Belo Horizonte. Paralelamente, ela dava aulas de balé para crianças e jovens surdas, autistas e em necessidades especiais.
“Tive então a ideia de unir dança e fisioterapia na criação de um método de balé exclusivo para pessoas idosas e de preferência mulheres. “Para mim, o homem já tem muita oportunidade nesse mundo”, considera.
Diferentemente do balé tradicional, o Reabilitação e Ballet adapta os movimentos às necessidades físicas e capacidades das alunas da terceira idade. O método respeita as limitações naturais do corpo que vai envelhecendo, ao mesmo tempo que estimula força, flexibilidade, além de melhorar marcha, coordenação, equilíbrio etc. Sobre o fato de escolher o público de mulheres maduras, ela diz que desde de criança teve afeição aos mais velhos. “Nas clínicas onde trabalhei como fisioterapeuta, os idosos demonstravam por mim preferência clara, e eu sentia também um vínculo profundo com eles, era como se fosse o meu propósito manter aquela proximidade”, lembra.
O balé, na visão da fisioterapeuta e bailarina, facilita a inclusão de pessoas idosas na sociedade, contribui para a quebra do preconceito, para a superação de limites, melhora da auto-estima e da autoconfiança, além de auxiliar no tratamento de questões associadas ao processo de envelhecimento. “Muitas alunas que fazem parte do projeto hoje me procuraram devido à depressão. A dança estimula os hormônios da felicidade”, afirma, lembrando que as aulas funcionam também como um espaço de interação social. “Elas fazem novas amizades, dividem as alegrias e angústias no convívio”.
Perfil das alunas
Meiry diz que tem poucas alunas de classe social alta, a maioria é de classes média e baixa, moradoras de Belo Horizonte, Contagem, Betim e Venda Nova.
Desconstrução de estereótipos
Levar as mulheres 50+ aos palcos, para Meiry, é uma forma de contribuir para o combate ao etarismo. “O palco é um espaço simbólico de visibilidade e valorização. Durante muito tempo, a dança, especialmente o balé, foi associada à juventude, flexibilidade e padrões estéticos. Quando mulheres com mais de 50, 60 e 70 anos ocupam esse espaço com graça, força, expressão e autonomia, elas desafiam o estereótipo de que envelhecer é sinônimo de declínio e inutilidade. Assim como a arte tem o poder de transformar vidas, ela é capaz de transformar olhares e tocar a alma de uma pessoa”, garante.
Meiry de Paula diz que a cada ano os espetáculos do projeto ficam “mais lindos e emocionantes”. “Tenho certeza que “Ecos femininos: Um tributo às suas pluralidades” dará o que falar, vai emocionar”, espera, lembrando que escolheu esse tema por acreditar que cada mulher carrega em si uma multiplicidade de vozes, experiências e histórias. “A palavra ecos remete à ideia de que nenhuma vivência feminina é isolada”.
Sobre Meiry de Paula
Nascida em uma família humilde de uma pequena cidade da Zona da Mata Mineira, Meiry de Paula mudou-se para Belo Horizonte em 1990. Na época, nem pensava em ser bailarina, mas depois de se envolver com o trabalho da irmã, a também bailarina Wilmára Marliére de Paula, criadora do projeto Céu e Terra, que oferece aulas de balé para crianças surdas, mudas e cegas, em BH, encantou-se vez pela dança. Aprendeu balé com a irmã e passou a ensinar as crianças também. Até hoje dá aulas aos jovens, que a levou a escrever o livro “Desvendando os mistérios do silêncio”, lançado em 2024. Formou-se em Fisioterapia e atuou em uma clínica de ortopedia de Belo Horizonte. Hoje desenvolve também o projeto Reabilitação e Ballet.
“Eu faço 62 anos neste mês de junho, ou seja, eu também sou uma mulher idosa e uma mulher idosa que de certa forma está empoderando outras da mesma faixa etária. E isso pra mim é fantástico, me sinto forte, vitoriosa e muito feliz por ser a protagonista de um trabalho que ensina, valoriza e contribui para a melhora da qualidade de vida de tantas mulheres”, declara Meiry de Paula.
Serviço:
Espetáculo:“Ecos femininos: Um tributo às suas pluralidades”